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terça-feira, 2 de maio de 2017

Castro Pré e Proto-Histórico de Chibanes

Clicar nas gravuras para as ampliar

Mais informação em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Castro_de_Chibanes

http://www.cm-palmela.pt/pages/1436

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Existiram três espécies diferentes de hominídeos


Existiram três espécies diferentes de hominídeos durante o Paleolítico.

Meave Leakey e o marido
(Imagem: Turkana basin)


Existiram três espécies diferentes de hominídeos durante o paleolítico.
Três espécies distintas de hominídeos, cada um com uma aparência e cultura própria, viveram lado a lado durante milhares de anos, na África Oriental, há 1,9 milhões de anos, segundo atesta um novo estudo publicado hoje na «Nature».

Uma equipa de investigadores do Instituto da bacia Turkana, em Nairóbi (Quénia), liderada pela paleontóloga
Meave Leakey, encontrou fragmentos fósseis de crânios e mandíbulas pertencentes a três indivíduos diferentes, em Koobi Fora, e defende que coincidem com outro crânio, apelidado de KNM-ER 1470, encontrado nos anos 1970.

Alguns cientistas defendem que o KNM-ER 1470 representa uma diferente espécie de hominídeo, o Homo rudolfensis, distinta do ‘Homo erectus’ e do Homo habilis, mas outros acreditam que é uma variante do H. habilis.

Os fragmentos encontrados compõem-se de alguns dentes, que parecemter pertencido a uma criança de aproximadamente oito anos; um maxilar inferior quase completo, com vários dentes e raízes, que poderá ter sido de um indivíduo adulto, e um fragmento de outro maxilar inferior, que ainda conta com alguns dentes incisivos pequenos.

A morfologia dos novos fósseis revela que os indivíduos teriam uma face alongada, mais plana e com um céu-da-boca em forma de U, diferente dos restantes hominídeos daquela época, que seria em forma de V.
A recente descoberta no Quénia confirma que três espécies contemporâneas: o Homo erectus, o Homo Habilis e uma terceira, que ainda não recebeu nome, já que os investigadores preferem fazer mais estudos antes.

Se a teoria se confirmar, esta poderá refutar a ideia de progressão linear das espécies de humanos primitivos – H. habilis gerando H. erectus gerando H. sapiens – rumo ao homem moderno.



2012-08-09

In Ciência Hoje

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A complexa formação do homo sapiens

Por Daniela Frabasile


Fósseis de hominídeos encontrados no Quênia indicam que o diagrama acima pode ser uma simplificação grosseira demais.

Os diagramas tradicionais sobre a evolução humana, que sugerem um caminho linear dos símios aos hominídeos e ao atual Homo sapiens, podem ser pobres demais. Ao menos é o que indica a descoberta, no Quênia, de três fósseis de nossos ancestrais, em bom estado de preservação. Anunciado nesta quinta-feira, após anos de estudos de laboratório, o achado dos ossos deu-se graças a uma equipe científica liderada pelas paleo-antropólogas Meave e Louise Leakey. Ele revela que, muito provavelmente, diferentes espécies de seres do gênero homo habitaram simultaneamente o leste da África, cerca de 2 milhões de anos atrás.

Um dos três espécimes encontrados (nomeado KNM-ER 62000, ou apenas 62000) apresenta grande caixa craniana e rosto longo e achatado. São características que se assemelham ao crânio conhecido como 1470, encontrado na mesma área em 1972. Desde a descoberta, o crânio 1470 foi centro de debate sobre linhagens múltiplas.

O crânio 62000 pode demonstrar que as feições encontradas no 1470 não são peculiaridades de um único indivíduo pertencente à espécie Homo habilis — mas de outra espécie do gênero. Além disso, os outros dois indivíduos parecem apresentar uma peça que estava faltando: o espécime 1470, encontrado há quarenta anos, não tinha a mandíbula inferior. Já o fóssil nomeado 60000, um dos três mais recentes, inclui a mandíbula inferior quase completa (considerada a mandíbula mais completa de um homo primitivo já encontrada), além de parte de uma mandíbula do espécime 62000.

Os paleo-antropólogos Meave Leakey e Fred Spoor, no local das descobertas


O grupo de cientistas que fez a descoberta é cauteloso. Ele preferiu não rotular os fósseis como o membros de nenhuma das espécie de hominídeos até o momento. Aguarda novas análises para fazê-lo. Porém, Fred Spoor, o paleo-antropólogo que dirigiu os primeiros exames laboratoriais do material encontrado no Quênia, sentiu-se seguro para antecipar: “a evolução humana não é a linha reta que pensávamos que fosse”; além disso, o leste africano era, à época em que viveram os seres agora encontrados “um lugar bem povoado, com espécies [de hominídeos] diferentes”, presumivelmente até com hábitos alimentares diferentes.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A mais antiga estatueta da figura humana




       Talhada com grande pormenor, a figura tem os órgãos genitais muito marcados
foto University of Tuebingen/AP

Arqueólogos alemães descobriram na região do Danúbio-Alb (Sul) a mais antiga estatueta conhecida de uma figura humana, uma vénus com seios e vulva desproporcionados, talhada em marfim de mamute há cerca de 40.000 anos.

O achado causou sensação, porquanto lança uma nova luz sobre as primeiras expressões artísticas do homem primitivo na Europa e presumivelmente no mundo, informou Nicholas Conard, professor de arqueologia da Universidade de Tubinga e responsável das escavações.

A figura, de apenas seis centímentros, foi encontrada em Setembro de 2008 durante escavações numa gruta de Hohle Fels, perto da localidade de Scheklingen, no estado alemão de Baden-Württemberg, mas a descoberta foi mantida em segredo até agora.

"Ficámos sem fala ao vê-la", confessou Conard, ao apresentar pela primeira vez em público a figura, que descreveu como "uma peça cheia de energia e muito expressiva".

O colega de Conard nas escavações, Pau Mellars, escreve num artigo a publicar quinta-feira pela revista científica "Nature" que a nova Vénus é quase pornográfica à luz dos valores estéticos e morais da actualidade.

Quando foi achada, a cerca de 20 metros da abertura da gruta, a vénus, que será exposta a partir de Setembro no Kunstgebäude de Estugarda, estava partida em seis pedaços e faltam-lhe o braço e o ombro esquerdos, que os arqueólogos alemães estão esperançados em encontrar.

Talhada com grande pormenor, a figura tem os órgãos genitais muito marcados, com seios e vulva de um tamanho desproporcionado, em contraste com a pequenez dos braços, pernas e cabeça, acabados com menos esmero.

Os arqueólogos não duvidam de que a nova vénus europeia é uma representação artística da fertilidade e que pode ter sido objecto de algum tipo de culto ou ritual.

Na gruta de Hohle Fels foram descobertos nos últimos 100 anos 25 figuras talhadas em marfim, quase todas representando animais, e também uma flauta, considerada o instrumento musical mais antigo do mundo.

A nova vénus confirma que o homem pré-histórico talhava, não apenas figuras de animais, mas também humanas, no princípio do período aurignaciense, algo que apanhou de surpresa a equipa arqueológica alemã.

Nicholas Conard não exclui a possibilidade de, na região, ter vivido há 40.000 anos o primeiro grupo humano com uma cultura própria.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Banhos na Idade Média

Romanos e Árabes haviam trazido para a península práticas que, em Portugal, iriam perdurar mesmo na Idade Média. Banhar o corpo, porém, não implicava então um estrito conceito de limpeza.
Na Grécia, o banho era uma extensão necessária da prática de ginástica: um banho revigorante, frio e breve. Em Roma e no Islão estava implicita a ideia de repouso e de convívio: uma prática social, um ritual simbólico.
O banho comunal na Idade Média e o banho Turco, nas numerosas formas que assumiu na Europa, tinham fins semelhantes. A isso se refere Georges Vigarello em "O Limpo e o Sujo": «Em setembro de 1462, o duque Philippe le Bon ofereceu um jantar aos embaixadores do rico duque da Baviera e do conde de Würtenberg e mandou servir cinco pratos de carne para festejar nos banhos».

 A ideologia cristã, no entanto, viria a instaurar preconceitos e a impor uma outra moral e consequentes novos costumes. Não que a igreja não se ativesse à limpeza dos corpos. Mais temia, contudo, pela sujidade das almas: os hábitos promíscuos eramuma porta aberta ao pecado. Havia assim que evitar os banhos públicos, locais «propícios à devassidão e ao amolecimento dos costumes».  
 



O elemento essencial na casa medieval é a sala, onde se reúne toda a família. Refeições, baptismos, casamentos, veladas dos mortos, reuniões de família,.... Isto acontece tanto nas casas de camponeses como nos castelos. As mesas são simples tábuas que se montam sobre cavaletes no momento de servir e que se guardam seguidamente junto às paredes para não estorvarem. As outras divisões são apenas acessórias, mas existem. A cozinha é separada, ocupando um edifício à parte para limitar os riscos de incêndio. Os quartos são mobilados com mais conforto do que geralmente se crê. O mobiliário compreende as camas bem adornadas e cobertas de colchas e de tapetes, com lençois brancos e peles, os tamboretes, as cadeiras de espaldar alto e esses baús e cofres esculpidos, onde se guarda a roupa. Adjacente os quartos existiam os redutos chamados privados, aquilo que nos habituamos a chamar de W.C.. Por espantoso que possa parecer não faltava em nenhuma casa da Idade Média. A delicadeza ia mesmo muito longe neste aspecto, pois parecia pouco refinado não possuir as suas retretes particulares.A regra manda que cada um tenha as suas e seja o único a utiliza-las. Os costumes só se tornaram grosseioros neste ponto a partir do século XVI, que aliás viu serem desprezadas quase todas as práticas de higiene que a Idade Média conhecia.   

 Se não se tomava banho todos os dias na Idade Média (poder-se-à afirmar que se trata de um hábito generalizado na nossa época?), pelo menos os banhos faziam parte da vida corrente. A banheira é uma peça do mobiliário. Não passa muitas vezes de uma simples tina, e o seu nome dolium, que significa também tonel, pode prestar-se a confusões. Gostava-se muito de ir, no Verão, folgar para os rios, na mais simples indumentária, pois a ideia de pudor de então era muito diferente da que temos hoje em dia, e tomava-se banho nu, tal como se dormia nu entre os lençóis.

Tudo isto está longe das ideias aceites acerca do asseio na Idade Média, e contudo, os documentos existem (o erro proveio de uma confusão com as épocas que se seguiram).

Com os grandes surtos epidémicos instala-se a convicção de que a água, por efeito da pressão e sobretudo do calor, abria os poros e tornava o corpo receptivo à entrada de todos os males. Desde o século XV que os médicos condenavam a utilização dos balneários públicos e das estufas. defendiam a teoria de que «depois do banho, a carne e o hábito do corpo amolecem e os poros abrem-se e, assim, o vapor empestado pode entrar prontamente no corpo e provocar a morte súbita». As normas de civilidade ca corte, a aprtir do século XVI preconizam que lavar é antes friccionar - a limpeza a seco: «As crianças limparão o rosto e os olhos com um pano branco, que desengordura e deixa a pele na sua constituição e tom natural. A água prejudica a vista, provoca dores de dentes e catarro».

Fontes:
"O Limpo e o Sujo", de Georges Vigarello.
"A Sociedade Medieval Portuguesa" de A.H. de Oliveira Marques.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Primeiras ‘camas’ pré-históricas

Primeiras ‘camas’ pré-históricas continham folhas insecticidas
Arqueólogos dão a conhecer como se vivia há 77 mil anos na África do Sul
2011-12-09

Desde 1998 que os arqueólogos estudam a gruta Sibudu
Conhecido como abrigo de caçadores-recolectores que viveram há 77 mil anos, a Gruta Sibudu (África do Sul) deu a conhecer mais uma faceta dos seres humanos que a utilizaram. Num estudo publicado esta semana na «Science», revelam-se como eram os colchões mais antigos encontrados até agora.

Feitos de caules e folhas emaranhados, estes colchões pré-históricos contêm químicos que são conhecidos como insecticidas. 
Naquela época, os grupos humanos eram caçadores-recolectores nómadas. Um dos seus campos temporários mais bem estudado é a Gruta Sibudu, um abrigo que se encontra num penhasco nas margens do rio Togati. As primeiras ocupações da gruta datam de há 77 mil anos. Nos seguintes 40 mil continuou a dar abrigo a grupos humanos.
Desde 1998 que uma equipa liderada por Lyn Wadley, arqueóloga da Universidade de Witwatersrand (Joanesburgo) realiza escavações em Sibudu, dando a conhecer comportamentos complexos, incluindo as primeiras utilizações de arcos e flechas.

Entre as plantas encontradas está a 'Cryptocarya woodii'
Nos últimos anos encontraram-se vestígios de plantas que terão servido como colchões. Na análise agora realizada, os investigadores descobriram estas só se encontram nas margens do rio, tendo sido, assim, transportadas propositadamente para a gruta. As análises mostraram também sinais de compressão.

Na camada mais antiga, a equipa descobriu  folhas de Cryptocarya woodii, uma planta aromática cujas folhas são ainda hoje usadas na medicina tradicional, pois contêm compostos químicos que conseguem matar insectos. Os investigadores sugerem que aqueles seres humanos escolheram as folhas para se protegerem contra doenças transportadas por mosquitos.
O uso de ervas medicinais pode ter dado aos humanos uma vantagem selectiva, acreditam os autores do estudo. Há vestígios de que as folhas foram queimadas, possivelmente para eliminar pragas e poder fazer-se mais camadas de folhas. Em alguns dos colchões foram encontrados pequenos pedaços de pedras e ossos queimados. Possivelmente, estes colchões não eram só para dormir mas também para trabalhar a pedra e para comer. 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

As origens da Humanidade

Como surgiu a espécie humana no planeta em que vivemos?
Muitos pesquisadores e cientistas têm procurado descobrir como se deu a origem do ser humano na Terra.
Quanto mais a ciência se desenvolve mais avançados são os recursos científicos que esses pesquisadores podem utilizar. Eles são capazes de encontrar novas possibilidades para explicar a origem humana, e, como um quebra-cabeças, cada nova descoberta vai completando o nosso conhecimento sobre o tema.
Entre as diversas explicações para o aparecimento do ser humano na Terra, destacam-se duas pelo amplo debate que provocaram:
o CRIACIONISMO, defendido por judeus e cristãos, e a TEORIA DA EVOLUÇÃO.


A criação

Durante muito tempo, os sábios idealistas sustentaram a teoria do limite intransponível entre o homem e os animais. Essa concepção se baseava no mito bíblico da criação do homem por Deus, que o teria feito "à sua imagem e semelhança".
A questão sobre as origens do homem remete um amplo debate, no qual filosofia, religião e ciência entram em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida humana e, implicitamente, por que somos o único espécime dotado de características que nos diferenciam do restante dos animais.
Desde as primeiras manifestações mítico-religiosas, o homem busca resposta para essa questão. Neste âmbito, a teoria criacionista é a que tem maior aceitação. Ao mesmo tempo, ao contrário do que muitos pensam, as diferentes religiões do mundo elaboraram uma versão própria da teoria criacionista.
A mitologia grega atribui a origem do homem ao feito dos titãs Epimeteu e Prometeu. Epimeteu teria criado os homens sem vida, imperfeitos e feitos a partir de um molde de barro. Por compaixão, seu irmão Prometeu resolveu roubar o fogo do deus Vulcano para dar vida à raça humana. Já a mitologia chinesa, atribui a criação da raça humana à solidão da deusa Nu Wa, que ao perceber sua sombra sob as ondas de um rio, resolveu criar seres à sua semelhança.
O cristianismo adopta a Bíblia como fonte explicativa sobre a criação do homem. Segundo a narrativa bíblica, o homem foi concebido depois que Deus criou céus e terra. Também feito a partir do barro, o homem teria ganhado vida quando Deus assoprou o fôlego da vida em suas narinas. Outras religiões contemporâneas e antigas formulam outras explicações, sendo que algumas chegam a ter pontos de explicação bastante semelhantes.


Pintura feita por Miguel Ângelo no tecto da Capela Sistina, no Palácio do Vaticano, em 1510, que representa a criação do homem por Deus, à sua imagem e semelhança.


A evolução humana




Em oposição ao criacionismo, a teoria evolucionista parte do princípio de que o homem é o resultado de um lento processo de alterações (mudanças). Esta é a ideia central da evolução: os seres vivos (vegetais e animais, incluindo os seres humanos) se originaram de seres mais simples, que foram se modificando ao longo do tempo.
Essa teoria, formulada na segunda metade do século XIX pelo cientista inglês Charles Darwin, tem sido aperfeiçoada pelos pesquisadores e hoje é aceite pela maioria dos cientistas.
Após abandonar seus estudos em medicina, Charles Darwin (1809 – 1882) decidiu dedicar-se às pesquisas sobre a natureza. Em 1831 foi convidado a participar, como naturalista, de uma expedição de cinco anos ao redor do mundo organizada pela Marinha britânica.
Em 1836, de volta à Inglaterra, trazia na bagagem milhares de espécimes animais e vegetais colectados em todos os continentes, além de uma enorme quantidade de anotações. Após vinte anos de pesquisas baseadas nesse material, saiu sua obra prima: A Origem das Espécies através da selecção natural, livro publicado em 1859.
A grande contribuição de Darwin para a teoria da evolução foi a ideia da selecção natural. Ele observou que os seres vivos sofrem modificações que podem ser passadas para as gerações seguintes.
No caso das girafas, ele imaginou que, antigamente, haveria animais de pescoço curto e pescoço longo. Com a oferta mais abundante de alimentos no alto das árvores, as girafas de pescoço longo tinham mais chance de sobreviver, de se reproduzir e assim transmitir essa característica favorável aos descendentes. A selecção natural nada mais é, portanto, do que o resultado da transmissão hereditária dos caracteres que melhor adaptam uma espécie ao meio ambiente. [...]
A ideia selecção natural não encontrou muita resistência, pois explicava a extinção de animais como os dinossauros, dos quais já haviam sido encontrados muitos vestígios. O que causou grande indignação, tanto nos meios religiosos quanto nos científicos, foi a afirmação de que o ser humano e o macaco teriam um parente em comum, que vivera há milhões de anos. Logo, porém, surgiria a comprovação dessa teoria, à medida que os pesquisadores descobriam esqueletos com características intermediárias entre os humanos e os símios.


As etapas da evolução humana


Primatas: Os mais antigos viveram há cerca de 70 milhões de anos. Esses mamíferos de pequeno porte habitavam as árvores das florestas e alimentavam-se de olhas e insectos.

Hominoides: São primatas que viveram entre aproximadamente 22 e 14 milhões de anos atrás. O procônsul, que tinha o tamanho de um pequeno gorila, habitava em árvores, mas também descia ao solo; era quadrúpede, isto é, locomovia-se sobre as quatro patas. Descendente do procônsul, o kenyapiteco às vezes endireitava o corpo e se locomovia sobre as patas traseiras.

Hominídeos: Família que inclui o género australopiteco e também o género humano. O australopiteco afarense, que viveu há cerca de 3 milhões de anos, era um pouco mais alto que o chimpanzé. Já caminhava sobre os dois pés e usava longos braços se pendurar nas árvores. Mais alto e pesado, o australopiteco africano viveu entre 3 milhões e 1 milhão de anos. Andava erecto e usava as mãos para colectar frutos e atirar pedras para abater animais.


Homo habilis: Primeiro hominídeo do género Homo. Viveu por volta de 2 milhões de anos a 1,4 milhões de anos atrás. Fabricava instrumentos simples de pedra, construía cabanas e, provavelmente, desenvolveu uma linguagem rudimentar. Seus vestígios só foram encontrados na África.

Homo erectus: Descendente do Homo habilis, viveu entre 6 milhões de anos e 150 mil anos atrás. Saiu da África, alcançando a Europa, a Ásia e a Oceânia. Fabricava instrumentos de pedra mais complexos e cobria o corpo com peles de animais. Vivia em grupos de vinte a trinta membros e utilizava uma linguagem mais sofisticada. Foi o descobridor do fogo.

Homo de Neandertal: Provável descendente do Homo erectus, viveu há cerca de 200 mil a 30 mil anos. Habilidoso, criou muitas ferramentas e fabricava armas e abrigos com ossos de animais. Enterrava os mortos nas cavernas, com flores e objectos. Conviveu com os primeiros homens modernos e desapareceu por motivos até hoje desconhecidos.

Homo sapiens: Descendente do Homo erectus, surgiu entre 100 mil e 50 mil anos atrás. Trata-se do homem moderno. Espalhou-se por toda a Terra, deixando variados instrumentos de pedra, osso e marfim. Desenvolveu a pintura e a escultura.


É preciso lembrar, porém, que este painel não está completo. Ele apenas resume o que foi possível concluir a partir dos fósseis estudados até hoje. Ainda faltam muitas peças no “quebra-cabeças” da evolução humana, por exemplo, o tão procurado "elo perdido", aquele espécime com características de primata e de humano, que explicaria um importante passo da humanidade na sua fascinante aventura sobre a Terra.




Fontes cons.:
http://www.sohistoria.com.br/ef2/evolucao/index.php  -  Português(BR/com adapt.). Clicando s/ os docs iconográficos identif. os sites respectivos.

domingo, 21 de agosto de 2011

O tempo histórico






 Assim como podemos contar o tempo através do tempo cronológico, usando relógios ou calendários, temos ainda outros tipos de tempo: o tempo geológico, que se refere às mudanças ocorridas na crosta terrestre, e o tempo histórico que está relacionado com as mudanças nas sociedades humanas.

O tempo histórico tem como agentes os grupos humanos, que provocam as mudanças sociais, ao mesmo tempo em que são modificados por elas.
O tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade em estudo.
Nos anos 60, por exemplo, em quase todo o Ocidente, a juventude viveu um período agitado, com mudanças, movimentos políticos e contestação aos governos. O rock, os hippies, os jovens revolucionários… foram experiências sociais e musicais que deram à década de 60 uma história peculiar e diferente dos anos 50 e dos anos 70.
Isto, é o tempo histórico: traçamos um limite de tempo para estudar os seus acontecimentos característicos, levando em conta que, naquele momento escolhido, muitos seres humanos viveram, sonharam, trabalharam e agiram sobre a natureza e sobre as outras pessoas, de uma forma específica.
A História não é prisioneira do tempo cronológico. Às vezes, o historiador é obrigado a ir e a voltar no tempo. E ele volta para compreender as origens de uma determinada situação estudada e segue adiante ao explicar os seus resultados.

A contagem do tempo histórico:

O modo de medir e dividir o tempo varia de acordo com a crença, a cultura e os costumes de cada povo. Os cristãos, por exemplo, datam a história da humanidade a partir do nascimento de Jesus Cristo. Esse tipo de calendário é utilizado por quase todos os povos do mundo.
O ponto de partida de cada povo ao escrever ou contar a sua história é o acontecimento que é considerado o mais importante.
O ano de 2011, no nosso calendário, por exemplo, representa a soma dos anos que se passaram desde o nascimento de Jesus e não todo o tempo que decorreu desde que o ser humano apareceu na Terra.
Como podemos perceber, o nascimento de Jesus Cristo é o principal marco na nossa forma de registar o tempo. Todos os anos e séculos antes do nascimento de Jesus são escritos com as letras a.C. e, dessa maneira, então 127 a.C., por exemplo, é igual a 127 anos antes do nascimento de Cristo.
Os anos e séculos que vieram após o nascimento de Jesus Cristo não são escritos com as letras d.C., bastando apenas escrever, por exemplo, no ano 127.
O uso do calendário facilita a vida das pessoas. Muitas vezes, contar um determinado acontecimento exige o uso de medidas de tempo tais como século, ano, mês, dia e até mesmo a hora em que o fato ocorreu.
Algumas medidas de tempo muito utilizadas são:

Milénio: período de 1.000 anos;
Século: período de 100 anos;
Década: período de 10 anos;
Quinquénio: período de 5 anos;
Triénio: período de 3 anos;
Biénio: período de 2 anos (por isso, falamos em bienal).

Para identificar um século a partir de uma data qualquer, podemos utilizar operações matemáticas simples. Observa:

Se o ano terminar em dois zeros, o século corresponderá ao (s) primeiro (s) algarismo (s) à esquerda desses zeros. Exemplos:

Ano 800: século VIII
Ano 1700: século XVII
Ano 2000: século XX

Se o ano não terminar em dois zeros, desconsidera-se a unidade e a dezena, se houver, e adiciona-se 1 ao que resta do número. Exemplos:

Ano 5: 0+1= 1 século I
Ano 80: 0+1= 1 século I
Ano 324 3+1=4 século IV
Ano 1830 18+1=19 século XIX
Ano 1998 19+1=20 século XX
Ano 2001 20+1=21 século XXI