domingo, 21 de agosto de 2011

O tempo histórico






 Assim como podemos contar o tempo através do tempo cronológico, usando relógios ou calendários, temos ainda outros tipos de tempo: o tempo geológico, que se refere às mudanças ocorridas na crosta terrestre, e o tempo histórico que está relacionado com as mudanças nas sociedades humanas.

O tempo histórico tem como agentes os grupos humanos, que provocam as mudanças sociais, ao mesmo tempo em que são modificados por elas.
O tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade em estudo.
Nos anos 60, por exemplo, em quase todo o Ocidente, a juventude viveu um período agitado, com mudanças, movimentos políticos e contestação aos governos. O rock, os hippies, os jovens revolucionários… foram experiências sociais e musicais que deram à década de 60 uma história peculiar e diferente dos anos 50 e dos anos 70.
Isto, é o tempo histórico: traçamos um limite de tempo para estudar os seus acontecimentos característicos, levando em conta que, naquele momento escolhido, muitos seres humanos viveram, sonharam, trabalharam e agiram sobre a natureza e sobre as outras pessoas, de uma forma específica.
A História não é prisioneira do tempo cronológico. Às vezes, o historiador é obrigado a ir e a voltar no tempo. E ele volta para compreender as origens de uma determinada situação estudada e segue adiante ao explicar os seus resultados.

A contagem do tempo histórico:

O modo de medir e dividir o tempo varia de acordo com a crença, a cultura e os costumes de cada povo. Os cristãos, por exemplo, datam a história da humanidade a partir do nascimento de Jesus Cristo. Esse tipo de calendário é utilizado por quase todos os povos do mundo.
O ponto de partida de cada povo ao escrever ou contar a sua história é o acontecimento que é considerado o mais importante.
O ano de 2011, no nosso calendário, por exemplo, representa a soma dos anos que se passaram desde o nascimento de Jesus e não todo o tempo que decorreu desde que o ser humano apareceu na Terra.
Como podemos perceber, o nascimento de Jesus Cristo é o principal marco na nossa forma de registar o tempo. Todos os anos e séculos antes do nascimento de Jesus são escritos com as letras a.C. e, dessa maneira, então 127 a.C., por exemplo, é igual a 127 anos antes do nascimento de Cristo.
Os anos e séculos que vieram após o nascimento de Jesus Cristo não são escritos com as letras d.C., bastando apenas escrever, por exemplo, no ano 127.
O uso do calendário facilita a vida das pessoas. Muitas vezes, contar um determinado acontecimento exige o uso de medidas de tempo tais como século, ano, mês, dia e até mesmo a hora em que o fato ocorreu.
Algumas medidas de tempo muito utilizadas são:

Milénio: período de 1.000 anos;
Século: período de 100 anos;
Década: período de 10 anos;
Quinquénio: período de 5 anos;
Triénio: período de 3 anos;
Biénio: período de 2 anos (por isso, falamos em bienal).

Para identificar um século a partir de uma data qualquer, podemos utilizar operações matemáticas simples. Observa:

Se o ano terminar em dois zeros, o século corresponderá ao (s) primeiro (s) algarismo (s) à esquerda desses zeros. Exemplos:

Ano 800: século VIII
Ano 1700: século XVII
Ano 2000: século XX

Se o ano não terminar em dois zeros, desconsidera-se a unidade e a dezena, se houver, e adiciona-se 1 ao que resta do número. Exemplos:

Ano 5: 0+1= 1 século I
Ano 80: 0+1= 1 século I
Ano 324 3+1=4 século IV
Ano 1830 18+1=19 século XIX
Ano 1998 19+1=20 século XX
Ano 2001 20+1=21 século XXI

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