quinta-feira, 28 de abril de 2016

O que foi o RENASCIMENTO (séculos XV e XVI)?



Renascimento foi um movimento cultural que marcou a fase de transição dos valores e das tradições medievais para um mundo totalmente novo, no qual os códigos cavalheirescos dão à afetação burguesa, às máscaras sociais desenvolvidas pela burguesia emergente.
Esta importante etapa histórica predominou no Ocidente entre os séculos XV e XVI, principalmente na Itália, centro irradiador desta revolução nas Artes, na Literatura, na Política, na Religião, nos aspectos sócio-culturais. 
Deste pólo cultural o Renascimento  propagou-se pela Europa, especialmente pela Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, com menos ênfase, em Portugal e Espanha.
Neste momento crítico de profundas transformações surgiu o Renascimento, com uma eclosão criativa sem precedentes, inspirada nos antigos valores greco-romanos retomados pelos artistas que vivenciaram a decadência de um paradigma e o nascimento de um universo totalmente diferente. 
Este movimento representou, portanto, uma profunda ruptura com um modo de vida mergulhado nas sombras do fanatismo religioso, para então despertar numa esfera materialista e antropocêntrica. Agora, o centro de tudo deslocava-se do Divino para o Humano, daí a vertente renascentista conhecida como Humanismo.
Alguns estudiosos atribuem a expressão Renascimento ao italiano Giorgio Vasari, que a teria usado para explicar o esplendor artístico e cultural vivido na Itália deste período, com repercussões na pintura, na literatura e na ciência. Outros, atribuíam ao historiador francês Jules Michelet o uso deste termo ao reportar-se a esta época, quando Giotto revolucionava as artes plásticas, enquanto Petrarca se tornava o pioneiro do Humanismo.
Na sociedade desenvolviam-se rapidamente instâncias políticas intensamente centralizadas, uma economia de âmbito urbano e de natureza mercantil, e florescia o mecenato – o aparecimento de mecenas, ou seja, patrocinadores das artes e dos artistas.
Na vertente humanista da Renascença, o Homem é a peça principal, ocupando, agora, o lugar antes impensável do próprio Criador. Este aspecto antropocentrista prolonga-se, pelo menos, durante um século, em toda a Europa Ocidental. 
Petrarca via este período como o fim de uma era sombria, referindo-se à Era Medieval. 
Este movimento privilegia a Antiguidade Clássica mas não se limita a reproduzir as suas obras, o que reduziria a sua importância. 
Os seus seguidores recusavam radicalmente os valores medievais e, para alcançar esse objetivo, usavam a cultura greco-romana como o instrumento mais adequado para a realização das suas metas.
Além do Antropocentrismo, o Renascimento também introduz princípios hedonistas – a busca do máximo prazer no momento presente, como tesouro maior do Homem – e individualistas – a exaltação do indivíduo e da sua suprema liberdade dentro do grupo social -, bem como, o otimismo e o racionalismo.



in http://www.infoescola.com/movimentos-culturais/renascimento/
(com pequenas adptações do texto)

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