Foi das piores da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), travada entre a Alemanha e a União Soviética e da qual saiu vitoriosa esta última depois de quase um ano de confrontos.
Considerada a mais sangrenta batalha da História, com 1,5 milhões de mortos, marca também o início da derrocada do nazismo, não só no território russo como também em toda a Europa.
Começou no dia 19 de agosto de 1942 com um ataque aéreo à cidade, cobiçada pela máquina de guerra alemã sobretudo por se tratar da principal zona industrial da região do rio Volga, local estratégico indispensável para a comunicação entre o Mar Cáspio e o norte da Rússia. Caso a ocupação de Estalinegrado se concretizasse, o avanço alemão até Moscovo estaria praticamente garantido. Mas os habitantes de Estalinegrado foram de uma força e coragem incríveis!
Segundo relatos históricos, até mulheres sem qualquer experiência de combate lutavam agora à frente das baterias antia-éreas. Muitos soldados atiravam-se para debaixo dos tanques alemães com granadas ativadas, prédios e locais públicos mudavam de mão várias vezes num único dia e os combates casa-a-casa eram frequentes, demonstrando quão sanguinária e encarniçada foi a disputa pelo controle da cidade.
O escritor soviético Konstantin Simonov (1915-1979) deixou-nos o seguinte relato sobre o cenário de Estalinegrado: “Todas as casas da cidade ardiam (...). Dia e noite a terra era sacudida por milhares de bombas e pela artilharia. Os destroços provocados pela explosão das bombas espalhavam-se pelas ruas e o ar enchia-se com o silvo dos projéteis. Os bombardeamentos nunca paravam.
Os que a cercavam tentavam transformar Estalinegrado no inferno da terra, mas era impossível ficar-se inactivo. Era preciso lutar, defender a cidade, apesar do fogo, da fumaça e do sangue. Era a única hipótese de se poder ficar vivo; era a única maneira que se tinha de viver.”
Hitler empenhou praticamente toda a sua força militar no leste para a conquistar, repetindo a estratégia habitual da “blitzkrieg” (guerra-relâmpago). Mas, com a incrível resistência oferecida pela população de Estalinegrado, o desgaste alemão tornou-se cada vez mais acentuado e, em Novembro de 1942, o exército soviético, comandado pelo general Chikov, iniciaria a ofensiva de retoma da da cidade, cidade martirizada com a violência indiscriminada da guerra, sobretudo contra civis, que sofriam não só por causa das armas como pelo corte de abastecimento de alimentos, agravado com a chegada do Inverno.
Com temperaturas adversas, exaustos, perdas de tanques, aviões e armas, o exército alemão continuava a resistir sob as ordens de Hitler, para quem a rendição era impensável.
A 2 de Fevereiro de 1943 começa a queda da Alemanha e acaba aquela que é considerada a mais feroz das batalhas da 2ª guerra mundial.
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